Acordei no cemitério do passado.
Com as raízes da terra prendendo-me os pés, dancei silêncios com fantasmas de outrora e percebi-lhe as palavras mais sábias.
Os seus corpos envelheceram, as vidas não ficaram estáticas para me atormentar.
Apenas sou frio incerto demais para conseguir abraçar algum deles, doze anos depois. Por isso aceno o silêncio, e aceno-me com a certeza de ser um todo de mim mesmo.
As guerras que me declaram são apenas diplomacia de quem não queria ficar.
Para estranhos que vagueiam entre flores e velas, o cemitério está cheio de rostos bonitos cravados em epitáfios. Porém, está repleto de decomposição para quem os quer verdadeiramente chorar.