Entendo a mão que me acena ao fundo das ruas. Olho-a, com a pontuação desequilibrada das danças macabras que pretendo ser anfitrião e penso: "Não olhes para mim dessa forma".
Sei os meus barcos, sei-os antes de eles tocarem na água. Como te disse e acima de tudo mostrei ontem, uma frase minha consegue esconder textos, mundos repletos de significado que não deixo de todo aceder a ninguém, independentemente das princesas, guerreiras, fadas ou dragões.
Não é que não queira terra firme, apenas preciso da deriva para mim mesmo, entendes? A minha vida em terra firme seria apenas um cliché seguro, pouco emotivo, e sem significado.
Preciso de tempestades para ser feliz.
Remetendo destinatários para outras marés, certamente que a duvida me esconde o pequeno manto de neve. Um coração que se arrasta, e se torna aquilo que o meu hoje é. Uma bola de gelo.
Segurança ou não, as pegadas que o levaram até la cima fazem percurso do caminho que me o fazem sonhar para baixo.
Apenas não percebem esta sombra que se pôs, este querer ver de novo, quando devido ao sol que poderia sufocar as minhas vestes de vez, me obrigou a construir-lhe um castelo e deixar todos de fora das muralhas.
Se tinha um castelo pensado para as celebrações centenárias? Tinha. Simplesmente ficou numa folha, como um esboço de uma obra de arte cravada de sorrisos que não teve animo ou qualquer tipo de força para colocar de pé.
As ruínas poderão ser colocadas na sombra, dançando e olhando os olhos do silêncio, em que ninguém as poderá ver por mais belas que elas continuem a ser.J'ai Fait Une Promesse