Dá-me a tua sobra, dá-me a tua deriva
Arrasta-me, como fazes à areia, para o além da imaginação
Toca-me no fundo sem medo da despedida
Acena-me da jangada de pensamento em nome dos que se afogarão
Afoga-me, leva-me algures contigo
Dá-me a tua sobra, a tua pouca fé no caminho
Mas não faças desta praia um último aceno à nossa descoberta
Agora que enfrentei as tuas ondas selvagens nesta praia deserta
Atrevo-me ao vazio
