As vestes das vésperas são a maior lâmina que um dia conheci. Felizmente não tenho medo de ser oceano de sangue de mãos dadas com a incerteza riscada sobre as plausíveis distancias afundadas.
Se o compasso de espera já era por si um estafeta incansável doloroso, acabas de se promover numa agonia silenciosa com as sobras mais precisas dos sentimentos.
Obrigado, de coração pela progressão na carreira que lhe foi concedido.
Sinto-me nas loucuras que correm pátios gelados fora de mim. Correm, como vento condensado em mil gritos de dor, na minha direcção deixando-me dormente na paralisia de sentir. Falhas venenosas através dos únicos sorrisos prestados, aqueles rasgados na carne para fora da face, como uma vontade enforcada nas futuras cicatrizes à luz de um reles (efémero) eclipse da sinceridade. Arrasto-me, em mãos de Julho, sobre as vontades de Dezembro.
Se o compasso de espera já era por si um estafeta incansável doloroso, acabas de se promover numa agonia silenciosa com as sobras mais precisas dos sentimentos.
Obrigado, de coração pela progressão na carreira que lhe foi concedido.
Sinto-me nas loucuras que correm pátios gelados fora de mim. Correm, como vento condensado em mil gritos de dor, na minha direcção deixando-me dormente na paralisia de sentir. Falhas venenosas através dos únicos sorrisos prestados, aqueles rasgados na carne para fora da face, como uma vontade enforcada nas futuras cicatrizes à luz de um reles (efémero) eclipse da sinceridade. Arrasto-me, em mãos de Julho, sobre as vontades de Dezembro.
Não lhe peço mais. Sem a honestidade das flores de Janeiro, ou das convicções do por-do-sol nas praias distantes de Outubro. Os meses tornaram-se um aborrecimento continuo que encravou num velhinho gira-discos. Danço-lhes a decadência a cada suspiro com a vontade de ver as minhas pernas serem arrancadas fora.
Mãe de Julho, pai de outrora cravado nas estações, vejam-me sobre o ritmo do delírio, as cordas com o meu sangue de Maio e a pele rasgada em tributo à honra da carne de Março. O sol, que brilha pelas noites de outros, engasga-se quando amanhece neste frágil céu. E se as nuvens algum dia lhe desejarem bater nas costas será como o sopro do inferno por cortesia, a brisa indecisa de Agosto, perpétuamente presa nas minhas lágrimas de Setembro.
Julho crava-me o peito pela nascença do quotidiano, pelo dicionário que define o falhanço estratégico de respirar. Julho sempre me foi distante dos sonhos mas continua ali, sempre parado a meu lado, para me embalar o berço da minha fraca vontade de sonhar.