Soa a tristeza, pura, por certeza.
Não estou confortável com esta pele, com esta casa ou com estes sonhos isentos de impostos.
Anda de uma vez, como onda que molha os pés, como tsunami que varre a alma. Tira-me, deixa-me de rastos, parte-me até ninguém mais me conseguir juntar.
Não sei o que és, admito. Sinto-te como uma falta injustificada, como um simples dobrar nos sinos das viúvas que ainda não sabem da morte dos seus maridos, e rasgo-me como o velho e bonito vestido preto que se tinge na tristeza das coisas que sei que nunca irás ler sobre mim.