As manhãs escorrem com o orvalho nas suas mãos, onde a noite a aguarda com a certeza que o tempo nada lhe trará, porque de si tudo se constrói como um belo jardim suspenso no luar. A obra prima, da noite polida a estrelas, começa entre as chuvas de Outubro e o calor de Dezembro. Assim se pinta a história da mulher que viaja consoante o mundo vai escurecendo.
Os lindos olhos despedem-se esta noite, os lindos olhos
despedem-se esta noite!
Começa assim a marcha urgente, na asfixia de quem a escreve e na velocidade de quem a conduz perante os vasos coagulados da adrenalina oculares. Suspiram-se ritmos adversos, subtilmente loucos na sanidade daqueles que se pintam em padrões. Os que correm, os que se perdem, e aqueles que tudo procuram e não sabem partir. Seja o soneto cravado no peito, o cativo das esperanças sem rumo a uma provocação, tudo se dilui no calor das palavras, no bater de coração inerente à gramática que tanto exclamamos em nome de um mundo colorido que encontra, na sua maior tentação, pintar-se de preto e branco.
Dia
Arde entre sonhos.
A alma cai no abismo sem fim cuja queda se faz acompanhar permanentemente pelo som de algo que bate no fundo. Quem se acalma ali se perde, entre mãos, sobre o horizonte circular amaldiçoado pela chuva e condenado pela inundação.
Eles pedem-me, abrem-me, a socorrem as ondas da inocência dos rostos que te olho. Cada um, cada convicção diferente da linda flor que se abre pelo jardim mais tenebroso. Floresce ali o melhor nas tuas mão.
Arde entre sonhos.
A alma cai no abismo sem fim cuja queda se faz acompanhar permanentemente pelo som de algo que bate no fundo. Quem se acalma ali se perde, entre mãos, sobre o horizonte circular amaldiçoado pela chuva e condenado pela inundação.
Eles pedem-me, abrem-me, a socorrem as ondas da inocência dos rostos que te olho. Cada um, cada convicção diferente da linda flor que se abre pelo jardim mais tenebroso. Floresce ali o melhor nas tuas mão.
Se eu fosse vento que traz belas palavras escritas em redor
de duas noites incertas, as estrelas indicariam pequenos sorrisos em nome da escuridão guardada neste avental arregaçado e sujo de terra. O orgulho das pétalas corresponde ao das águas mortas, ao jardim onde a vida ficou à porta e perdeu-se no tapete onde sacudiu os pés.
Por ela a noite traz a beleza nesse jardim, a secura das folhas, o vento apático dos corredores vazios. Ninguém sabe o que precisa de saber, todos sentem o que amam sentir.
No epitáfio dos abraços se escrevem as lágrimas a carinho.
Por ela a noite traz a beleza nesse jardim, a secura das folhas, o vento apático dos corredores vazios. Ninguém sabe o que precisa de saber, todos sentem o que amam sentir.
No epitáfio dos abraços se escrevem as lágrimas a carinho.
Insanidade
Amanhã lá estarei por ti.
Lá continuarei. No vento, na chuva... Na neve...
O sol é um olhar distante dos sentimentos forjados. O aceno.
Lá continuarei. No vento, na chuva... Na neve...
O sol é um olhar distante dos sentimentos forjados. O aceno.