Diz-me as palavras, as ondas, e gira-me o universo sobre o eixo da fraca imaginação onde coagulamos esperanças e sentimos o frio das pedras.
Podes me ver por instantes, rodeado por todos eles na marcha urgente da atenção, encravado pelos tubos vermelhos dançando a sorte vazia do repouso com a fantasia da ânsia destemida pelo medo da contaminação.
Jura-me a pés aquilo que os braços podem tremer. Diz-me, a medo, a fraquejo, e a aceno que nada me espera para além da viagem atribulada pelo bem de alguém que nunca conhecerei.
Virem-me de cabeça para baixo, meus senhores com toda vossa atenção, pelo medo da morte que me escorre nas veias e pelo pálido sentimento que os olhos vos podem mostrar.
Não colapso! Por mais que o grite comigo mesmo, sei que prometi-me a mim mesmo, pela alma, e pelo gesto de quem não o pode acompanhar pelas impossibilidades que a pele respira. Prometi, e cumpri em dias pela primeira vez na minha vida algo ao enfrentar um medo que em anos me amarrou.
Apesar de todos os entraves que se atravessaram no meu corpo, tudo dentro de mim adormeceu nos confortos do olhar de um vulto que só eu vi.
Ela estava lá ao meu lado.
Ela estava e nada de mal poderia acontecer.
Ela estava...
