(Password: palavra do meio do email que uso para o messenger (Medida meramente preventiva))
Porque procuras as coisas que se perdiam ao chegar até ti?
Vagabundos salteadores do tempo, que como pequenos heróis
nobres presos às trevas das ruas escuras sem rosto, se mutilam na marcha das
asas negras e dos véus sombrios que me escondo. As ruas negras, deste velho
planeta amaldiçoado pela vida, correspondem a uma carta que me esqueci de
enviar. Como foram eles a ler?
O aperto faz-me pressão sobre o imaginário. Da paixão doentia ao amor contagioso apenas sobrevive quem se vacina de não amar, ou os gloriosos da fortuna que se despem no luxo de não ter coração. Não acredito que não exista, e que não tenha olhado para as quebras de lado.
Se o nosso rosto perde-se na sinceridade da preocupação com o rosto de outra, é porque as ancoras se afundaram. Se, pergunto de coração pelo bem estar, e sei previamente que a resposta será sempre positiva independentemente das costuras que a roupa guarda estejam prestes a rebentar, certamente a alma apagar-se-á no vazio, na falta de essência de duas vozes que não falam a mesma lingua, quando um dia, mesmo desconhecendo o significado de cada uma, cantaram em coro para as sinfonias dos sorrisos. Apenas doí tudo nesta ventania.
Nunca quis amar, foi apenas a maior beleza que encontrei para poder estar sempre contigo.